Oswaldo foi também responsável por intermediar com a 7Letras a publicação de meu primeiro livro de ficção, Anacrônicas, em 2005.
Eu o escrevera em 1999. Naquela época começava o curso de Doutorado da PUC-Rio e era habitué da sala dos alunos, onde fazíamos as reuniões editoriais da Escrita, revista dos alunos da pós em Letras. Além do encaminhamento dos artigos acadêmicos, cuidávamos com carinho da seção de criação literária. Ali comecei uma troca riquíssima com Claudia Chigres e Giovanna Dealtry, amigas queridíssimas, irmãs. Mantínhamos uma espécie de oficina e nos dedicávamos a comentar com rigor e afeto os contos que íamos fazendo estimulados pelas leituras recíprocas. Chegamos a fazer um livro coletivo de contos, que resta inédito. Foi desse processo que nasceu Anacrônicas. Elas foram as primeiras leitoras e é com muito afeto que deixo seus nomes na dedicatória do livro.
Anacrônicas ficou mais de 5 anos na gaveta. Fui lançá-lo um ano após ter tomado posse na UFJF, o que se deveu, também, à prosperidade material proporcionada pelo novo emprego. A recepção do livro foi positiva e festiva. O lançamento de Juiz de Fora valeu-me uma matéria na Tribuna de Minas, assinada pela jornalista Fernanda Fernandes, que depois se tornaria minha orientanda de mestrado e doutorado e grande amiga. Na época eu era desconhecido em Juiz de Fora. Provavelmente, algum colega da Faculdade de Letras fez a indicação. Se assim o foi, teve a discrição de não me dizer. De qualquer forma, sou muito grato por isso.
Foi um livro que, acredito, deixou alguma expectativa pelo meu segundo título, que veio só em 2013, Venta não. Sem contar é claro, o outro resgate, de 25 anos de gaveta, que foi Lágrima palhaça.
Outro dia, achei um bilhete de Ana Paula El-Jaick, a quem, certa vez, presenteei com alguns de meus livros.