15- Um memorial precoce

Há uma precocidade nesse memorial. Infelizmente não há outro jeito. Somente os defuntos-autores são capazes de edições definitivas. Não é o meu caso. Dessa forma, imagino que a parte final das reflexões terão uma função prospectiva, de um caminho que apenas inicio. No entanto, não abdicarei de deixar aqui uma lista de tópicos sobre a abordagem acadêmica da criação poética e ficcional cuja discussão com pares me seria significativamente proveitosa, no sentido de viabilizar caminhos para as próximas pesquisas.

Mas antes valeria muito a pena começar uma retrospectiva que tem como ponto de partida minha dissertação de mestrado, Literatura de subtração – experiência urbana e ficção contemporânea: Rubem Fonseca, Caio Fernando Abreu e Chico Buarque; passa para tese de doutorado, O Brasil presente: construções-ruínas do imaginário nacional contemporâneo; e termina no projeto de pesquisa e seus longos e prósperos desdobramentos Modos da margem: representações da marginalidade na literatura brasileira.

Contudo não conseguirei seguir em frente sem passar por 2019. Se 2020 foi um ano de suspensões e incertezas, com perdas próximas e prováveis, 2019 efetivou-se com perdas concretas e muito significativas para a revisão de minha trajetória.

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